Quando se fala em depressão, o doente é quase sempre colocado em dúvida: se o
problema é de ordem mental, parte da sociedade, por preconceito, acusa a pessoa de inventar os sintomas, o que é cruel para quem está em sofrimento.
Para os que não acreditam nessa tristeza profunda e que por vezes pode parecer insuperável, dados da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, enfrentam essa condição. Até 2030, ela será a doença mais comum do planeta, superando problemas como câncer e problemas cardíacos.
Por que todos esses dados sobre depressão importam?
Para o doente, para mostrar que ele não está sozinho e que o que ele sente não é uma frescura. Ainda assim, é preciso separar a tristeza da depressão. A tristeza, por mais dura e longa que seja, tem motivos e um objeto claro e identificado. A depressão, não.
Na psicanálise, a depressão é vista como um sintoma que aponta para algo mais profundo e que pode ser um problema. Na terapia, a partir da elaboração, busca-se o entendimento da dor e do sofrimento psíquico.
A superação, ainda de acordo com a psicanálise, passa pela elaboração. E o que é isso? Em um resumo simplificado, é a capacidade de pensar e analisar as coisas. Quando não é possível fazer a elaboração psíquica, a pessoa encaminha as neuroses para o próprio corpo.
Quando se fala em superar, não estamos falando em apagar uma memória. O que foi perdido e que gerou aquela dor, ou a falta ou questão que originou aqueles sentimentos continua a existir no passado, mas em uma perspectiva diferente. Aquilo é ressignificado e passa por uma simbolização.
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